terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Pré-Temporada da Indy pegando fogo


A VERDADE NUA E CRUA PARA 2015 - Honda e Chevy tem um plano para a Indy, plano esse remodelado graças a desistência do lixo que a Lotus produziu para a categoria americana:

- Ambas, para cobrir satisfatoriamente o campo do grid, combinaram de se dedicar a doze carros no máximo em temporada completa. 

Dito isso, a situação REAL do grid para a temporada 2015 é o seguinte, para os pretendentes as vagas:

 CHEVROLET 

Time Penske: 4 carros confirmados (Will Power, Helio Castroneves, Juan Pablo Montoya e Simon Pagenaud);

Ganassi: 3 carros confirmados (Scott Dixon, Tony Kanaan e Charlie Kimball);

CFH Racing: 2 carros confirmados (Ed Carpenter para os ovais + um piloto para assumir o carro #20 nos mistos e rua. Além, é claro, de Josef Newgarden);

KV Racing: 1 carro confirmado, apesar da grande chance de um segundo carro (Sebastien Bourdais).

Isso significa que a Chevy terá 11 carros, colocando assim o segundo carro da KV na conta.

Todavia, existe também a possibilidade do décimo segundo carro Chevy no grid, sendo quase certo que esse carro seja a Ganassi #8 com Sage Karam.

HONDA

Andretti Autosport: 3 carros confirmados (Ryan Hunter-Reay, Marco Andretti e Carlos Munoz);

Schmidt Motorsports Peterson: 1 carro confirmado e 1 segundo carro é esperado (James Hinchcliffe e pro segundo carro brigam: Valsecchi e Razia com mais prioridade)

Dale Coyne Racing: 2 carros são aguardados (mas nenhum piloto foi confirmado)

A.J. Foyt Racing: 2 carros confirmados (mestre Takuma Sato e Capitão Jack Hawk)

Rahal Letterman Lanigan Racing: 1 carro confirmado (Graham Rahal)

Isso significa que, se Schmidt e Coyne preencherem os seus lugares vazios, Honda terá então 10 carros no grid, que é justamente o número de motores que a empresa japonesa prefere abastecer.

Existe ainda alternativas para um décimo primeiro e décimo segundo carros para a Honda: o quarto carro para a Andretti (forte possibilidade para Zach Veach, subindo da Indy Lights, e para o alemão Daniel Abt, que tem muita grana e grandes patrocinadores) e um carro para a Bryan Herta Autosport (possibilidade de Gabby Chaves preencher esse lugar, pelo menos por três corridas, talvez mais...).


Para a Indy500, existem inúmeras possibilidades para preenchimento de vagas, entretanto até agora apenas três confirmações foram feitas:

- Bryan Herta Autosport confirmou um carro para Jay Howard.

- Lazier Partners vai colocar em campo um carro para o vencedor da Indy500 de 1996 camarada Lazier.

- Byrd Racing anunciou um programa para Bryan Clauson.




sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Taca-lhe pau, Capitão Jack Hawk!


A MELHOR NOTÍCIA DO ANO - Para nós, "foytistas", a entrada de Jack Hawk no time do mais ilustre piloto americano de todos os tempos é um verdadeiro achado administrativo de Larry Foyt. Foi este Capitão Jack que em 2014, mesmo sem ter vencido nenhuma corrida, brilhou na maioria dos eventos do Campeonato com atuações agressivas e um belo terceiro lugar em Houston. Tudo isso pelo pequeno time do Herta. Porém, se for para destacar um grande momento, para o jovem piloto inglês, esse aconteceu no Grande Prêmio de Indianapolis, quando Jack travou duelos intensos contra os pilotos mais tradicionais do grid da Indy e liderou por várias voltas essa corrida. 

A aquisição pode levar o time de Foyt a outro patamar em relação a competitividade contra os times médios da categoria Sam Schmitd/CFH/KV e, até mesmo, incomodar a trinca de poderosos Andretti/Ganassi/Penske. Um segundo carro em todas as corridas do campeonato de 2015 será de extrema importância para tornar o time do mito mais forte dentro de um calendário diversificado de traçados, principalmente porque no ano que vem a Indy terá os kits aerodinâmicos sendo introduzidos e o que seria mais difícil acertar com um só carro se tornará mais fácil com dois pilotos experimentando diversas configurações e outros detalhes técnicos antes de cada treino classificatório ou de cada largada. 


Agora o time de A. J. e Larry será composto de:

- no carro #14 Takuma Sato (piloto) e Don Halliday (engenheiro)

- no carro #41 Jack Hawk (piloto) e Raul Prados (engenheiro)

Sou consciente dos problemas que Sato costuma atrair, apesar de ser um piloto talentoso e capaz de vencer corridas, mas algo me diz que esse será o time de maior destaque no ano que vem e isso justamente pela contratação de um dos mais talentosos pilotos que a Indy viu nascer no Road To Indy. 

Apresentação do time Foyt pra 2015

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

DW12 no novo filme de Will Smith


E LÁ ESTÁ ELE... - O carro feio, estranho, medonho e desproporcional da categoria americana que corre em ovais (e tem pilotos braço-duro) e que muita gente odeia até olhar, fará sua segunda aparição nas telonas hollywoodianas em fevereiro de 2015. Depois de ser figura principal na trama infantil de "Turbo", agora o carro atual da Indy participará como protagonista de algumas cenas de ação do novo filme com Will Smith e Rodrigo Santoro, chamado apenas "Focus". 

Na trama dessa comédia romântica com toda pinta de filme chato, um trapaceiro (Smith) resolve treinar uma jovem trapaceira (Margot Robbie) e, evidentemente, eles acabam por se envolver. De outro lado, Will tem que enfrentar uma perigosa inimizade com o dono de uma empresa de carros de luxo (Santoro).

Não esperem grande coisa, é filme para vender, para comer pipoca e ser esquecido em menos de horas. A diferença é que o nosso amado tamanduá estará lá marcando presença!


Trailer do filme "Focus"


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A Ferrari nas 500 Milhas de Indianapolis


QUANDO A A.A.A. SANCIONAVA A INDY - Depois de ter problema com o transporte do carro da Ferrari da Europa para Indianapolis (a encomenda acabou sendo enviada para St. Louis!!), surgiu a idéia dentro da equipe italiana para que Bill Quinn, um dos promotores da época, conversasse com o diretor da prova Wilbur Shaw, tricampeão das 500 milhas entre os anos 30 e 40, sobre a possibilidade de permitir a Ferrari que Ascari começasse a corrida de qualquer jeito, sem a necessidade de se qualificar. Mas Quinn, conhecendo a metodologia de trabalho de Shaw, se recusou a fazer o pedido em nome do time italiano.


Durante a fase final de classificação, Ascari conseguiu qualificar a Ferrari no final da tarde de sábado com uma velocidade média de 134,308 mph (216,15 km/h). As quatro voltas de Ascari foram assim para os registros do templo da velocidade: 134.208mph (215.99km) na primeira volta, 134.368mph (216.24km) na segunda e, incrivelmente, 134.328mph (216.18km) para a terceira e a quarta voltas. Com essa média o italiano largou em 19°.


A estratégia da Ferrari para as 500 Milhas de 52 era a de manter as rotações abaixo 6400rpm no carro de Ascari, o que resultaria em uma média de 128mph por volta durante a prova. Estavam agendados também dois pit stops para reabastecimento e troca de pneus. Entretanto, os planos da Ferrari não se concretizariam naquele dia

.Ascari na Ferrari era considerado forte concorrente para a vitória, apesar do fato de que os carros movidos pelos motoresOffenhauser dominavam as corridas em ovais naquele período das competições de monopostos nos Estados Unidos. Entretanto, Ascari demonstraria todo seu talento na volta 22 quando realizou várias ultrapassagens em alta velocidade sobre vários carros com motor Offy em um só movimento, fato que foi observado por muitos e lhe valeu aplausos entusiasmados de respeito do público e da imprensa. Em determinado momento da corrida, o italiano atingiu o oitavo lugar, mas depois de 40 voltas, quando estava em 12 º lugar, tudo deu errado para o carro vermelho. 

Melhores momentos das 500 Milhas de 1952

Ascari abandonando as 
500 Milhas de 1952 depoisde 40 voltas

Ascari abandonou por problemas mecânicos as 500 Milhas de Indianapolis e finalizou a prova na trigésima primeira colocação. Um tanto frustrante esse resultado já que o time italiano achava realmente que Ascari tinha condições de conquistar o direito de beber o leite dos campeões!

Para alguns a Ferrari de Ascari não havia demonstrado nos treinos classificatórios o potencial necessário para vencer a corrida mais famosa do mundo; para outros Ascari havia usado a configuração de corrida nos treinos e isso poderia lhe dar certa vantagem  ao longo das 200 voltas. 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

DAS ARQUIBANCADAS: As voltas finais das 500 Milhas de 2014


EMOCIONANTE! - Ver a final das 500 Milhas de Indianapolis de 2014 pela tv foi muito emocionante, mas tenho absoluta certeza que ao vivo foi muito mais inesquecível. Sintam o gostinho de "estar-presente" no templo.



Inscrevam-se no canal do indyanista David Land, autor dessa pequena pérola youtubesca:

O acidente de Nelson Piquet em fotos


TREINOS PARA AS 500 MILHAS - 7 de maio de 1992 e aqui estão as fotos do trágico acidente que pôs fim a carreira de um dos maiores pilotos da história do automobilismo. Não só Will Power tem Nelson como seu grande inspirador, Piquet também é adorado por uma quantidade enorme de pilotos e fãs que acompanham/acompanharam as corridas de monopostos do seu tempo. 

As 500 Milhas eram o sonho de infância de Nelson, segundo o próprio, que tinha como ídolos os integrantes da velha geração dos anos 50 e 60 como Clark, Hill e Brabham, todos pilotos que além da fama na F1 também fizeram as famigeradas 500 Milhas de Indianapolis alguma vez na vida. Piquet fala desse sonho no vídeo da entrevista para o Jô Soares, poucos meses depois do grave acidente. Nessa entrevista ele também mostra uma foto grotesca dos seus pés fraturados. Ele teve muita sorte de não estar hoje a sete palmos da superfície. 









Entrevista para de Piquet no Jô Soares Onze e Meia

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Poderoso Will: Campeão absoluto desse ano


SAI ZICAAAAA!!! - Demorou 5 anos para que a conquista mais importante da carreira de Will Power acontecesse. Faltarão as 500 Milhas de Indianapolis no currículo, é claro, mas ele já venceu as 500 Milhas de Fontana do ano passado e vencer uma prova de 500 Milhas é o suficiente para credenciar o seu nome na lista de pilotos favoritos a qualquer tipo de pista oval que esteja no calendário da Indy. E nas pistas mistas e nas pistas de rua? Bem... Will é o melhor da atualidade indiscutivelmente. 


Vendo as estatísticas de Power na Indy consegui compreender melhor o seu poder (trocadilho infame mode on) diante de tantos rivais capacitados e veteranos como Dixon, Dario, Wheldon, Kanaan, Castroneves, Wilson, Bourdais, Pagenaud e Hunter-Reay.

Em circuitos mistos Power marca 42 largadas com 13 poles, 8 vitórias e 17 vezes ficando no TOP 5. Power abandonou uma vez nesse tipo de circuito.

Em circuitos de rua o poder de Power (mai gódison, mais trocadilhos infames tsc tsc tsc) é ainda maior. Ao todo ele tem 52 largadas com 15 poles, 13 vitórias e mais 11 vezes ficando no TOP 5.

Em circuitos ovais, tipo de traçado onde Power perdeu 3 títulos seguidos da Indy, os números evoluíram soberbamente. Agora o australiano marca 7 poles, além de ter conquistado 3 vitórias e 10 vezes no TOP 5. Digno de aplauso!


Power evoluiu como piloto da categoria através da mais terrível forma de aprendizado: a derrota seguida, derrotas humilhantes nas pistas ovais, de virada na última etapa, por culpa própria e do destino (2011 em Las Vegas). Poderoso Will, enfim, desabrochou para a galeria das lendas indyânicas, deixou de ser promessa de vice para se tornar de fato campeão absoluto desse ano.

Deixou Cindric contente, tirou a cruz das costas de Roger Penske (desde 2006 ele não comemorava um piloto seu campeão), tirou a sua cruz pessoal de ser piloto fraco em oval, atingiu sua melhor forma diante de um dos grids mais capacitados que a Indy reunificada já viu. Sei que dói mais um ano do Helio amargando o vice, sendo cruelmente criticado por não ter um campeonato de Indy, sei que muitos fãs do brasileiro se decepcionaram e acordaram no domingo de cabeça cheia. Isso é normal, faz parte da “graça” de torcer por algum piloto da Indy. Porém, quem sabe não seja o ano que vem a vez do grande Helio Castroneves? Ou melhor, quem sabe o tetra-vice não seja apenas uma chateação momentânea perto do tetra em Indianapolis que virá em 2015?

Irmão do Power pagando 
promessas na terra natal

Ao fim da prova, Power estava exausto, disse que queria comemorar de forma diferente, mais descontraída, só que não tinha forças porque ele agarrou tão firme o volante que depois de sair do carro só tinha força para ficar de pé dando entrevista e dizendo que “tudo é tão surreal, cara!”


Doravante, a Indy será seis meses de agonia intensa, diária e com mais uns três apocalipses que findarão a categoria mais uma dezena de vezes até antes do fim do ano. Fujam para as colinas! 


sábado, 30 de agosto de 2014

O que aconteceu na história da Indy no dia do seu aniversário?



BRINCADEIRA DE INDYANISTA - Você sabe que a Indy tem mais de 100 anos de Campeonatos, mais de 100 anos de 500 Milhas e uma história que praticamente preenche todos os meses do calendário do século passado com lendas e tragédias, nascimentos e mortes, alegrias e tristezas. 

A ideia aqui é simples: NESSE LINK do site CHAMP CAR STATS você terá acesso a um calendário da história geral da Indy, desde a AAA até a atual INDYCAR SERIES. O desafio que faço a vocês, amigos indyanistas, é buscar a data do seu aniversário e relatar nos comentários o que aconteceu de importante nesse dia dentro da história da Indy. E aí, vai topar?


Eu, por exemplo, nasci em 11/11/1982 e acessando essa página do site descobri que Gil de Ferran, meu ídolo, também nasceu em 11/11, só que de 1967!!! Tony Bettenhausen venceu a Phoenix 100 em 11/11 de 1953; Tom Sneva venceu num dia 11/11 de 1984 a etapa de Caesar´s Palace em Las Vegas e Tião Bourdais num 11/11 de 2007 venceu a etapa da Champ Car no México! 



A dura vida de um russo na Indy moderna

Aleshin na largada do GP de Indianapolis

NO HOSPITAL TODO QUEBRADO, PORÉM, VIVO! - Acidente com o russo ontem nos treinos para as 500 Milhas de Fontana, que serão realizadas hoje (22:20 horário de Brasília), não foi o primeiro dele no ano, contudo foi o mais grave devido as lesões que Mikhail sofreu por todo corpo (costelas quebradas, concussão, clavícula fraturada, etc). Abaixo uma retrospectiva de pancadas nas quais Aleshin esteve envolvido no seu ano de estréia na Indy. O time FOYT manda abraços, Zangief! 

Mikhail Aleshin com a roda do carro 
de Montoya na cara em Toronto!

Aleshin e Sato se enroscando em Houston


Aleshin e Sato: Parte 2 - Cacetada em Iowa

Aleshin enrabando o carro de Saaaaaaaavedra 
na largada do GP de Indianapolis

Batendo sozinho no Alabama

O horrível acidente nos treinos 
para as 500 Milhas de Fontana


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Poderoso Will: para o infinito e avante!


120 MINUTOS DE SONOMA - Tudo que podia dar errado para o brasileiro Helio Castroneves deu na penúltima etapa do campeonato da Indy 2014. A vantagem de Power que era de 39 pontos subiu ainda mais - como previsto por esse que vos fala - e agora Will está 51 pontos a frente de Helio. Caso as 500 Milhas de Fontana tivessem pontuação normal Will precisaria apenas entrar na pista no próximo sábado para se sagrar campeão. Porém, lembrem-se: a pontuação de todas as 3 provas de 500 Milhas valem o dobro este ano, motivo pelo qual até Pagenaud tem chances matemáticas de ganhar o campeonato. 

Entretanto, a realidade é mais dura do que nossos desejos mais otimistas e a verdade é que mais um vice se aproxima para Helio Castroneves, o quarto de sua carreira, e é bom ele ficar de olho no terceiro colocado, o francês bom de braço que está apenas 30 pontos do brasileiro na tabela. Sorte que Pagenaud em ovais ainda está bem aquém dos demais postulantes ao título. Power foi o vencedor das 500 Milhas de Fontana ano passado e precisa apenas terminar em sétimo lugar para se sagrar campeão da temporada independentemente do resultado alheio. Dessa forma, é chegada a hora do tão aguardado título do piloto australiano depois de três vices seguidos!

Indy Rivals: onde a porrada come!

Mark Miles tomando um banho gelado

Sobre a prova desse domingo em Sonoma, que praticamente poucas pessoas no Brasil puderam acompanhar, o que posso dizer é que eu adoro Sonoma e nunca escondi que dos mistos no calendário da Indy é aquele que mais curto assistir ao lado de Barber. Tem poucas ultrapassagens? Sim, tem. Às vezes a corrida fica monótona? Sim, fica. Mas eu sempre penso que se fosse Laguna Seca ou Portland também poderiam ficar assim, como já ficaram algumas vezes no passado em corridas da CART e o Youtube está aí pra você, que duvida do que falo, provar se falo mentira ou sou aqui realmente sincero com a verdade.

Detalhe excêntrico da corrida de ontem: diversos carros cruzando a linha de chegada e parando poucos metros a frente por falta de combustível. Meus destaques pessoais da corrida foram: Sato levando o time da Foyt a um honroso quarto lugar em um fim de semana que aparentemente daria tudo errado para o time mais velho da Indy; Rahalzinho conseguindo dominar a corrida na parte final e dando de bandeja a vitória para o Mestre em poupar combustível, o Kiwi; Tony Kanaan sendo prejudicado por uma péssima estratégia da Ganassi depois de andar 80% da corrida no TOP 5 e com chances reais de vencer; Power jogando a chance de ser campeão antecipado após rodar sozinho quando os pneus pretos ainda estavam esquentando, no harpin, e permitiu assim que o azarado Helio tivesse uma sobrevida até Fontana. Pagenaud e Hunter-Reay merecem ser mencionados também pela bela corrida que fizeram e a boa estratégia que forjaram com seus times, principalmente o francês que chegou a andar entre os últimos.
  
Melhores momentos de Sonoma

Para a decisão do campeonato só um milagre dará a Helio ou Pagenaud o título, e esse milagre tem receita: Will Power não completar a prova ou ter milhares de problemas que prejudiquem seu rendimento no veloz oval californiano. Se Poderoso Will terminar em oitavo e o brasileiro vencer, então Helio será campeão. Impossível? Não, não é. Difícil? Sim, quase impossível mesmo. 

Aguardemos com ansiedade monstruosa a noite de sábado: ou para coroar o primeiro título de Power ou para comemorar o primeiro título de Helio. A certeza é que Fontana será o lugar ideal para um fim de Campeonato emocionante. Preparem seus corações, eles sofrerão sábado à noite! 

Helio tentando dar um "mata-leão" 
em Power antes da prova de Sonoma

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Agora quem dá bola é o Power


COM AS DUAS MÃOS NO TÍTULO – Ontem à tarde, enquanto o meu Santos querido era massacrado no gramado do Mineirão pelo Cruzeiro, no oval centenário de Milwaukee um australiano varreu a concorrência pra debaixo do tapete, calou um bloguista pessimista que pôs em dúvida a sua capacidade de vencer em ovais e ainda cravou uma vantagem de 39 pontos para o segundo colocado, o brasileiro Helio Castroneves - restando apenas duas etapas. Já a distância de Will para o terceiro ficou ainda maior: Pagenaud está agora a 92 pontos do líder absoluto da Indy em 2014. O título é questão de tempo, portanto. 


Para os fãs de Helio - que nunca comemoraram um título dele na Indy (e os fãs de automobilismo que torcem para quem é brasileiro e não comemoram um brasileiro campeão da categoria desde Tony Kanaan em 2004) – a corrida de Milwaukee foi um duro golpe nas pretensões tupiniquins pelo título. Para quem havia chegado em Mid-Ohio 13 pontos a frente do Poderoso Will, partir para Sonoma com 39 pontos de desvantagem é muita crueldade. Ainda mais se você comparar os resultados de Helio e Power nesse traçado.

Melhores momentos da corrida
de Milwaukee
 

Desde quando Power passou a disputar a corrida de Sonoma os resultados dele foram sempre superiores aos de Helio. Veja:

2008
POWER – 25º
HELIO – 1º

2009
HELIO – 18º

2010
POWER – 1º
HELIO – 5º

2011
POWER – 1º
HELIO – 2º

2012
POWER – 2º
HELIO – 6º

2013
POWER – 1º
HELIO – 7º


A diferença entre eles, nessa pista, usando o mesmo equipamento e defendendo o mesmo time, é grande. Três vitórias para o australiano em seis anos correndo no traçado sinuoso da Califórnia, e o pior resultado do Poderoso Will em Sonoma foi um vigésimo quinto lugar, justamente no seu primeiro ano de IRL, época de adaptação ao carro inclusive. Em contrapartida, Helio tem só uma vitória em Sonoma (2008) nos últimos 9 anos. Sabendo que por ser Power especialista em Sonoma, e que agora o australiano melhorou o rendimento nos ovais, a missão de conquistar o título é quase impossível para Castroneves. Para piorar a perspectiva otimista dos brasileiros, Poderoso Will é o último vencedor das 500 Milhas de Fontana, batendo o especialista dos ovais, Ed Carpenter. Helio, por sua vez, jamais venceu em Fontana!


Por isso, meu caro amigo indyanista fã do número #12 da Penske, é hora de cantar o hino da vitória tradicional em Toowoomba:

"Power, Power, Hooooowwwwww!!!

Agora quem dá bola é o Power,
Power é o novo campeão,
Glorioso Dallara penskeano
Campeão absoluto desse ano!

Will, Will, Poooower!

Power sempre Power,
Dentro ou fora do macacão.
Guie onde guiar,
És o leão da Indycar.
Salve o novo campeão!"

E quem não gostou... hahahahaha

 Veja as estatísticas da carreira do Poderoso Will na Indy

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O incrível acidente de Dick Simon no sinuoso misto de Riverside


SOBREVIVEU! - Quem nunca viu, o susto é inevitável depois da primeira assistida. A pergunta que fazemos instantaneamente é: sobreviveu?

O local desse acidente era a clássica Riverside, na Califórnia, onde diversas categorias duelavam nos anos 60, 70 e 80 em provas empoeiradas na maioria das vezes. A característica básica do circuito era o entorno todo em areia lembrando muito as pistas Laguna Seca e Sonoma. Aliás, Sonoma tem esses barrancos que fazem o carro decolar como no caso de Simon, prestem atenção na penúltima etapa da Indy desse ano em Sonoma.

Todo currículo do Dick Simon pode ser conhecido nesse link - ESTATÍSTICAS DO DICK SIMON NA INDY

Vídeo do acidente

sábado, 9 de agosto de 2014

Dino Brewster, do filme NEED FOR SPEED, era ex-piloto de Indy


INDY NO CINEMA - Faz bastante tempo que não via o nome "Indy" sendo utilizado para compor parte da história de vida de um personagem de filme. Acredito aqui com minha memória "falhante" que o último longa-metragem hollywoodiano a citar a Indy com destaque foi aquele do Stalone, certo? Então, imagine você, caro leitor, a grande surpresa que tive quando assistindo ao filme NEED FOR SPEED fui apresentado ao vilão e ex-piloto de Indy chamado Dino Brewster.

Nessa primeira foto vemos Dino em seu escritório, mexendo no computador, e com um baita quadro de um indycar pendurado na parede. A maioria dos fãs desse tipo de entretenimento nem conhece a Indy de verdade e com certeza a grande maioria pensou que se tratava de um carro da F1 o carro da foto. Porém, para quem é fã da categoria americana que corre em ovais, isso é um pequeno sinal da recuperação de um prestígio que parecia fadado a nunca mais existir para a Indy.

A Indy não tem grande destaque dentro da trama principal do filme, que aliás é uma porcaria desnecessária e mal contada pelo diretor, muito mais preocupado em criar grandes cenas de ação do que uma boa história sobre vingança. Portanto, não procurem esse filme pensando que tem carros de Indy em todas as cenas. Não, não existem carros de Indy nos duelos clandestinos que os personagens travam dentro e fora da pista. Entretanto, é digno de nota que o ex-piloto Dino Brewster é muito respeitado pelos demais rivais do filme justamente por ter corrida na Indy. O quadro na parede do seu escritório apenas reforça esse respeito por pilotos da Indy.



Trailer do filme no Youtube

O que fazer, Marco Andretti?


O AMALDIÇOADO? - Mario e Michael transmitiram para Marco só a aparência típica dos Andrettis ou existe no jovem piloto americano algum traço de talento característico desse sobrenome para vencer corridas e campeonatos? Depois de quase uma década tentando a sorte contra Dario, TK, Dixon, Helio, Power, Wheldon, Hunter-Reay, eis que Marco ainda não se afirmou na categoria como postulante a títulos e vitórias como fez meteoricamente Simon Pagenaud, por exemplo; e para piorar o quadro, conquistou somente duas vitórias até agora - mesmo guiando um carro no time do pai, que é uma das mais poderosas equipes da Indy ao lado de Penske e Ganassi.

Sua estréia na Indy aconteceu em Homestead, em 2006, e ele terminou essa prova antes da quadriculada com o carro quebrado. Mesmo assim, ao longo do Campeonato conseguiu vencer, em um famoso "jogo-sujo" do time Andretti, sua primeira corrida, no misto de Sonoma. Só que sua temporada inicial, apesar do Rookie do ano ter sido conquistado, ficou lembrada para sempre pelo final dramático nas 500 Milhas de Indianapolis, quando ele perdeu por meio carro para Sam Hornish e reforçou a ideia de que jamais, depois de 69, um Andretti conseguiria de novo vencer as 500 Milhas.

De lá pra cá, Marco venceu apenas mais uma corrida, em Iowa 2011 e obteve um grande número de abandonos, corridas medíocres, quebras, azares (como em Mid-Ohio semana passada) e muitas frustrações. Seria uma pequena demonstração do famoso ditado "aqui se faz e aqui se paga" depois do caso de Sonoma? Talvez!

A temporada 2014 está chegando perto do seu final e o filho de Michael está 102 pontos atrás do piloto número um da Andretti, Ryan Hunter-Reay; 33 pontos atrás de Carlos Muñoz, que faz sua primeira temporada completa, e só 17 pontos a frente do Prefeito Canadense. Além disso, Hinchcliffe tem 3 vitórias na carreira (todas conquistadas ano passado e correndo pelo time de Michael, chora Marco!!!) e nessa temporada só está atrás do neto do Mario por motivos de azares diversos (GP de Indianapolis manda lembrança ao Prefeito). Dessa forma, o cenário da carreira de Marco, prestes a se tornar o pior piloto do time Andretti na temporada da Indy, ganha contornos de tragédia e novas direções.

Penso que o melhor para Marco é a saída do time do pai, tentar outros horizontes, talvez outra categoria, talvez outro time na Indy, nem que seja um time menor como A.J. Foyt ou KV Racing. Continuar na Andretti é um equívoco a essa altura do tempo que tem Marco como piloto. Seria uma tentativa para alçar conquistas mais altas sozinho e sem conforto do que viver comemorando estar no TOP 10. 

Para uma maldição no automobilismo ser quebrada o risco deve ser corrido e o conforto abandonado, assim disse Santo Foyt.

 Marco em 2014




 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Leitura profética da maldição penskeana no Reino da Indy


FECHAM-SE AS CORTINAS DE MID-OHIO - E o Helio não conseguiu manter-se na frente do Poderoso Will na luta pelo seu título inédito na Indy. A diferença entre os dois, que antes da prova de Mid-Ohio era de 13 pontos a favor do brasileiro, agora está em quatro pontos a favor do australiano. Helio terminou numa péssima décima nona posição, após sofrer problema com o acelerador do seu carro, enquanto Poderoso Will foi sexto colocado. Esse foi o terceiro resultado abaixo do TOP 10 no campeonato de Helio. Will também tem três resultados abaixo do décimo lugar, com a diferença que conseguiu dois 14º enquanto Helio teve esse 19º de Mid-Ohio e outro que foi o 21º em Houston Corrida 2 - algo bem ruim dentro de uma competição tão acirrada como é a Indy esse ano. Outro fator favorável a Power: ele tem duas vitórias e Helio tem apenas uma no campeonato. E, invariavelmente, na Indy, quem consegue um bom número de vitórias acaba se sagrando campeão.


Aqui estão dois pilotos, companheiros de equipe, lutando por um inédito título para suas carreiras - e a tão sonhada quebra do jejum do time Penske que não comemora um título desde Sam Hornish Jr. em 2006. De um lado o tricampeão das 500 Milhas de Indianapolis, mas que jamais foi o melhor piloto da temporada. De outro o australiano Will Power, tri-vice campeão da Indy de forma consecutiva, que sempre vacilou nas últimas etapas. E se fosse para você apostar? Power ou Helio? Teria um terceiro concorrente ao caneco?

Eu direi que sim, existe e ele está a 63 pontos do líder australiano. Seu país? Estados Unidos e ele inclusive já foi campeão do campeonato da Indy, faturou as 500 Milhas em uma das mais fantásticas disputas na pista sagrada e atualmente é o principal piloto da única equipe grande a trabalhar com a Honda na Indy. Seu nome é Ryan, seu apelido: CAÇADOR!


Em Mid-Ohio Caçador marcou o décimo lugar, errou sozinho em uma das sinuosas curvas do circuito, mas tem uma vantagem significativa diante de Helio e Power: tal como ocorre em Iowa com o Dw12, o time Andretti costuma levar vantagem em Milwaukee sobre os demais times, sendo justamente o Caçador aquele que melhor desempenho tem nesse oval centenário. Em 2012, Ryan fez a volta mais rápida durante a corrida, liderou o maior número de voltas e ainda venceu a etapa. Em 2013, Sato foi o único que conseguiu ficar a frente do Caçador em um dos quesitos da prova (volta mais rápida), porque novamente o piloto da Andretti liderou o maior número de voltas e de novo ganhou a corrida. Quem é o favorito então para o dia 17 de Agosto? Hum?


Não acredito em maldições, em vudu, macumba, feitiçaria, mas se amigo eu fosse do mister Roger Penske chamava algum pai-de-santo para abençoar os carangos do time. Da mesma forma que o Helio no ano passado conseguiu ser o único azarado a perder a caixa-de-câmbio em Houston devido as ondulações monstruosas da pista, dando de bandeja a arrancada magistral de Dixon para seu tricampeonato, nada impedirá as forças diabólicas do Mal de fazer Helio e Power se enroscarem ou em Milwaukee ou em Fontana, deixando assim a vaca devidamente no brejo da Andretti.


Para Helio o problema é ainda maior que o de Power. Ele carrega consigo toda a expectativa e a cobrança dos torcedores criados para amar apenas o "campeão com a nossa nacionalidade", que não foram educados devidamente para admirar qualquer um, de qualquer nacionalidade, que de alguma forma o espectador se identificasse ao longo das corridas. Não, aqui importante é ser brasileiro e vencer, e se isso o piloto não conquistar será apelidado de "Barrichello" ou de "Massa".

Brasil é o único país do mundo onde os pilotos se tornam adjetivos no cotidiano cultural para significar "fracasso e lentidão". E no meio dessa tragédia cômica dos nossos tele-espectadores nacionalistas é que o "brasileirinho na Indy" (Helio) estará lutando contra o mundão de "estrangeiros maldosos" que querem nos humilhar com o segundo lugar no campeonato. E se ele não for campeão, muitos vão duvidar de sua capacidade técnica, seu potencial como piloto experiente na Indy será questionado por muitos fãs e pela mídia, por mais parelho e disputado que seja o campeonato da Indy. Não haverá quem se lembre do maldito azar que ele teve em Mid-Ohio quando o carro ficou sem aceleração e a vantagem de 13 pontos sumiu antes da corrida começar. Lembrei na hora de Houston em 2013, quando Helio largou na pole e antes da metade da prova já estava parado nos pits trocando o câmbio. Essa falha em Mid-Ohio é só um sinal de como a maldição da Penske age no mundo da Indy!!! Eis porque Hunter-Reay é meu favorito a ser campeão de 2014.

Mas e o Power? Ele não tem chances?

- Poderoso Will? Bem... a natureza cruel dos ovais cuidará bem dele.



Melhores Momentos de Mid-Ohio nas câmeras onboard





quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ronco do motor do novo carro da Indy Lights para 2015


MELHOR QUE A FORMULA E - Isso esse carro é de longe. Agora resta saber se funcionará dentro da pista, com outros modelos disputando etapas em ovais, mistos e pistas de rua.

Interessante saber que: Bob Rahal e A.J. Foyt já demonstraram interesse em ingressar seus times nessa nova "encarnação" da principal categoria de acesso à Indycar. Torço muito para que os senhores Roger Penske e Chip Ganassi também façam o favor de ao menos colocar UM mísero carro no grid da Indy Lights 2015. Nesse momento a Indy Lights precisa é de ao menos 15 carros no grid e novos talentos disputando o certame completo!

E você, o que achou do ronco e da beleza desse carango indyânico?