sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Por uma homenagem decente ao piloto Nelson Piquet


A OPORTUNIDADE É PERFEITA - No dia 8 de março a Indy abre sua temporada 2015 no autódromo Nelson Piquet, em Brasília, com o traçado remodelado pelo projetista Tony Cotman e mais algumas maquiagens realizadas minutos antes da festa iniciar. Helio e Tony estarão lá, ao lado do atual campeão da categoria, Will Power, e do campeão de Indianapolis, Ryan "Caçador" Reay. Além de Sato, de Bourdais, da família Andretti, da Dale Coyne, etc e tal. O 'mundo indyânico', atual e antigo, estará lá em peso dentro de um dos principais autódromos do país. Ueba! Momento religioso para os fãs da categoria louvarem de pé, mesmo que a corrida em si seja uma porcaria. A Indy pode ser a salvação para essa grande sucata de pista que alguns ousam chamar de "autódromo". 


Voltando pra ideia de homenagear o tricampeão de F1, que sonhava disputar as 500 Milhas como seus heróis haviam feito nos anos sessenta e quase morreu tentando fazer isso, seria simples e marcante: Nelson subiria no palco (ou em qualquer lugar onde o microfone funcionasse), depois dos hinos nacionais cantados, para dizer a ordem mais famosa do automobilismo americano "- Pilotos, liguem seus motores!"

Pronto. Algo tranquilo e sem excessos estúpidos, tipo Luan Santana destruindo o hino com seu jeito afetado de cantar. Ali estaria alguém que fez parte da história do automobilismo de Brasília, que fez com suas atuações em pista Will Power o escolher como herói de infância, um verdadeiro monstro sagrado que ergueu três campeonatos mundiais de F1 em uma época carniceira da categoria europeia que não corre em oval; que depois de se esborrachar em 1992 no muro de Indianapolis superou todas as previsões médicas e um ano depois - e sem alguns dedos do pé - estava dentro desse carro vermelho das fotos com número #77 e se classificando para as 500 Milhas de 1993. O carro quebrou, é verdade, mas Nelson realizou seu sonho e deixou o grid dessas 500 Milhas especialmente rico de nomes incríveis. Talvez o ano com mais nomes gloriosos correndo no maior espetáculo da terra! 


Resta agora torcer para que a Família Saad não escale algum político-carreirista, ou o próprio dono da TV (como já fez no Anhembi), para dar a ordem famigerada. Que os deuses do automobilismo preencham com sabedoria os envolvidos na organização dessa corrida.


P. S.: Depois desse atentado na França ESQUEÇAM a ideia da Indy expandindo suas operações para o Oriente ou mesmo para a Europa. O lance é ficar mesmo com uma expansão continental, se recriar como uma categoria da América e usar pistas clássicas do norte, do centro e do sul. Dubai NUNCA MAIS!