SAI ZICAAAAA!!! - Demorou 5 anos para que a
conquista mais importante da carreira de Will Power acontecesse. Faltarão as
500 Milhas de Indianapolis no currículo, é claro, mas ele já venceu as 500 Milhas
de Fontana do ano passado e vencer uma prova de 500 Milhas é o suficiente para credenciar o seu nome na
lista de pilotos favoritos a qualquer tipo de pista oval que esteja no
calendário da Indy. E nas pistas mistas e nas pistas de rua? Bem... Will é o
melhor da atualidade indiscutivelmente.
Vendo as estatísticas de Power na Indy
consegui compreender melhor o seu poder (trocadilho infame mode on) diante
de tantos rivais capacitados e veteranos como Dixon, Dario, Wheldon, Kanaan,
Castroneves, Wilson, Bourdais, Pagenaud e Hunter-Reay.
Em circuitos mistos Power marca 42 largadas com 13
poles, 8 vitórias e 17 vezes ficando no TOP 5. Power abandonou uma vez nesse
tipo de circuito.
Em circuitos de rua o poder de Power (mai gódison,
mais trocadilhos infames tsc tsc tsc) é ainda maior. Ao todo ele tem 52
largadas com 15 poles, 13 vitórias e mais 11 vezes ficando no TOP 5.
Em circuitos ovais, tipo de traçado onde Power
perdeu 3 títulos seguidos da Indy, os números evoluíram soberbamente. Agora o
australiano marca 7 poles, além de ter conquistado 3 vitórias e 10 vezes no TOP
5. Digno de aplauso!
Power evoluiu como piloto da categoria através da mais
terrível forma de aprendizado: a derrota seguida, derrotas humilhantes nas
pistas ovais, de virada na última etapa, por culpa própria e do destino (2011 em Las Vegas).
Poderoso Will, enfim, desabrochou para a galeria das lendas indyânicas, deixou de ser promessa
de vice para se tornar de fato campeão absoluto desse ano.
Deixou Cindric contente, tirou a cruz das costas
de Roger Penske (desde 2006 ele não comemorava um piloto seu campeão), tirou a
sua cruz pessoal de ser piloto fraco em oval, atingiu sua melhor forma diante
de um dos grids mais capacitados que a Indy reunificada já viu. Sei que dói
mais um ano do Helio amargando o vice, sendo cruelmente criticado por não ter um campeonato de Indy,
sei que muitos fãs do brasileiro se decepcionaram e acordaram no domingo de
cabeça cheia. Isso é normal, faz parte da “graça” de torcer por algum piloto da
Indy. Porém, quem sabe não seja o ano que vem a vez do grande Helio
Castroneves? Ou melhor, quem sabe o tetra-vice não seja apenas uma chateação
momentânea perto do tetra em Indianapolis que virá em 2015?
Irmão do Power pagando
promessas na terra natal
Ao fim da prova, Power estava exausto, disse que
queria comemorar de forma diferente, mais descontraída, só que não tinha forças
porque ele agarrou tão firme o volante que depois de sair do carro só tinha
força para ficar de pé dando entrevista e dizendo que “tudo é tão surreal,
cara!”
Doravante, a Indy será seis meses de agonia
intensa, diária e com mais uns três apocalipses que findarão a categoria mais uma
dezena de vezes até antes do fim do ano. Fujam para as colinas!
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