segunda-feira, 17 de abril de 2017

Fernando Alonso: o carro número #29 no grid das 500 Milhas de Indianapolis


QUANDO A BOMBA - Jornalística explodiu na manhã de terça-feira passada, 12 de abril, poucas pessoas acreditaram de imediato. Sentado no trono, celular na mão, acessei o grupo da Indycar Brasil no Face e me deparei com aquilo que a princípio tinha toda cara de "piadinha de primeiro de Abril". Contudo, após entrar no site do Racer o impossível se concretizava na realidade: Fernando Alonso estava inscrito para disputar as 500 Milhas de Indianapolis de 2017 através de uma parceria da Andretti com a McLaren!

Óbvio que choveram opiniões de todos os lados possíveis, tanto de Indyanistas fanáticos quanto dos Indyotas tagarelas de sempre, porém, no geral, a comunidade do automobilismo parecia satisfeita com a quebra daquela cotidianidade modorrenta a qual os pilotos da F1 estão constantemente atrelados durante toda temporada regular. 

Para se ter noção, desde Jim Clark, em 1965, um campeão de F1 não deixava o GP de Mônaco para participar do outro lado do Atlântico das 500 Milhas. Alonso abalou as estruturas do "estabelecido", emulou do silêncio a memória do ícone escocês Clark e formalizou a busca pela Tríplice Coroa do Automobilismo como desejo para a carreira. Título esse que até agora, no grid da F1, só vi Alonso e Vettel darem o devido valor. 

Passada a surpresa, vamos encaminhar os seguidores de Alonso e, consequentemente, da Indy para um assunto dos mais importantes e relevantes no interior do Templo da Velocidade: A mística da numerologia!

De 1911 até 2016 foram 100 edições de 500 Milhas e o carro que levava o número #3 ganhou onze edições (1919, 1948, 1962, 1968, 1974, 1981, 1986, 1991, 1992, 2002 e 2009). O número #2 vem logo em seguida no ranking dos números bem-sucedidos em Indianapolis com 9 conquistas (1915, 1921, 1929, 1939, 1969, 1970, 1976, 1978 e 2015). Fechando o TOP 5 temos o número #1 chegando em primeiro sete vezes (1923, 1940, 1950, 1958, 1961, 1964 e 1971) e um empate entre o número #14 (1928, 1953, 1954, 1967, 1977 e 1999) e o #5 (1935, 1959, 1983, 1985, 1988 e 1997) ambos com seis vitórias cada.

Nesse quesito, nós podemos dizer que Fernando já começou mal. O número dele na F1 hoje é o #14, que na Indy pertence ao time da lenda de Indianapolis A.J.Foyt. Com isso, a Andretti e a McLaren escolheram o #29 para a inscrição do piloto espanhol. Pesquisando no "INDYPEDIUM - Livro Sagrado da Numerologia Indyânica" descobri que o #29 não tem em 100 edições das 500 Milhas nenhuma vitória no templo. 

(Bob Hurt classificou o #29 para as 500 de 1967)

ANALISANDO OS NÚMEROS DOS NÚMEROS

Na Indy 500 desse ano os pilotos que usam os números mais vitoriosos da Indy 500 são respectivamente:

- Helio Castroneves da Penske com o #3
- Josef Newgarden da Penske com o #2
- Simon Pagenaud da Penske com o #1
- Carlos Muñoz da Foyt com o #14
- James Hinchcliffe da SPM com o #5

Três carros da Penske, que sempre prioriza sua temporada para vencer Indianapolis, carregam três dos números mais gloriosos do oval retangular. Isso por si só já é um peso contra o #29 de Alonso. Para piorar o cenário místico, James Hinchcliffe, que foi pole da Indy500 ano passado, até agora tem se mostrado um dos fortes candidatos ao título da categoria e carrega o #5 e, na minha bola de cristal, é favorito inclusive a pole de novo. Já Carlos Muñoz, apesar do número tradicionalíssimo, é o mais "fraco" entre os favoritos do TOP 5 numerólogo. Entretanto, é um colombiano talentoso capaz de surpreender muita gente experiente, não é carta fora do baralho. Seu problema é a adaptação do time ao motor Chevy, e isso eu conto como um grave problema para o mês de maio.

(Bell nos treinos livres da Indy500 de 2016. Homenagem a Harroun no macacão)

Depois de toda análise, sabendo que Townsend Bell, em 2016, foi o último piloto a defender o carro #29 (e, tirando o fato da grande trapalhada feita por ele nos pits contra Hunter-Reay, Townsend esteve sempre entre os primeiros da corrida - e o carro que Alonso guiará é esse mesmo do Bell...) minha conclusão é uma só: a chance de Alonso vencer é de exatamente 29%!!!

Por quê, Alonso? Por quê Indianapolis?

Semana que vem o espanhol, bicampeão de F1, estará participando como espectador da etapa de Barber, no Alabama. 

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