segunda-feira, 17 de abril de 2017

Prefeito de Long Beach


HINCHCLIFFE - Será um dos fortes candidatos ao título da Indy em 2017. E afirmo isso não em função da vitória de domingo passado do canadense na ensolarada Long Beach, o fato é que os motores/aeros da Honda estão superiores nas pistas de rua que outrora eram dominadas pelos motores/aeros da Chevy. Bourdais, que chegará a Barber como líder do certame, em mais uma brilhante estratégia de Dale Coyne, assegurou com seu kit Honda o segundo lugar da corrida, a frente de Newgarden da Penske, o melhor resultado de um carro movido pela Chevy no circuito urbano.

  
A reviravolta no desempenho da Honda nas pistas de rua da Indy não garante imediatamente a certeza de bons resultados também nos circuitos mistos, mas abre caminho para um equilíbrio no campeonato que não tínhamos desde que os aerokits foram introduzidos em 2015. De lá pra cá, a Chevy venceu 24 corridas; a Honda venceu 8 corridas. Somando as duas vitórias nessa temporada de 2017, a Honda sobe para 10 vitórias. O abismo é enorme ainda. Se levarmos em conta as poles conquistadas de 2015 até esse começo de 2017 a diferença é abissal: 31 poles pra Chevrolet, 3 poles para a Honda. Entretanto algo está acontecendo nas garagens...

Na temporada 2017, por enquanto, Honda lidera o Campeonato de Fabricantes com 185 e a Chevrolet com 135 pontos. O campeonato de pilotos também é liderado pelo fabricante japonês, com Tião Bourdais da Dale Coyne tranquilão com 93 pontos depois de duas corridas. Em segundo, 19 pontos atrás do francês, vem o canadense Hinchcliffe da SPM. Pagenaud, atual campeão com a Penske, é o terceiro com 71 e o melhor conjunto Chevy na tabela. 

A próxima etapa da Indy acontecerá na sinuosa pista do Alabama. Desde o início da guerra dos aerokits em 2015 a Chevrolet venceu as duas corridas por lá e conquistou as duas poles. Com o regulamento congelado para 2017 a tendência seria afirmar que a Chevrolet é favorita a ganhar mais uma etapa no excêntrico circuito misto de Leeds. Mas algo aconteceu com a Honda na Indy, proporcionalmente contrário ao que vem acontecendo com a Honda na F1. 



Pelos lados de Hinchtown, Long Beach foi um marco ímpar na carreira do James. Após aquela quase morte em Indianapolis 2015, o Prefeito passou um longo tempo de molho e retornou ano passado fazendo a pole no Templo, perdendo uma corrida pro Rahalzinho no oval do Texas por 0,0052 segundos, e esteve sempre no TOP 10 das corridas de 2016 mesmo usando o motor/aero da Honda que tanto Foyt quanto Andretti reclamavam da qualidade. A persistência de Sam com Hinch agora rende frutos. Foi a quinta vitória do canadense em 91 corridas disputadas na Indy. E mais, ele preenche um requisito fundamental para se tornar um campeão da Indy: versatilidade para vencer em todos os tipos de traçados do calendário, motivo pelo qual aponto Hinch como um dos meus cinco pilotos favoritos para conquistar a Astor Cup 2017. 

Bora bebemorar com a Cerveja do Hinch!



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