sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ed Carpenter Racing: "Nasce o Monstro"



PEQUENO GRANDE TIME? - Entre Ganassis afiadas (TK, Dixon e Kimball) e Penskes agressivas (Helio, Power e Montoya), nas garagens da garageira categoria americana, está surgindo um monstro de duas cabeças e com corpo parecido com o de um litro de vodka. A Ed Carpenter Racing talvez seja hoje um dos times pequenos mais fortes e promissores do grid da Indy. E você sabe o motivo? Costuraram em um litro de vodka a cabeça de um dos melhores pilotos em pistas ovais (Ed Carpenter) e a cabeça de um dos mais agressivos pilotos em pistas mistas e de rua (Mike Conway). A junção digna de filme de ficção cientifica dos anos 50 possibilitará ao time do nosso amigo Ed, que tem um desempenho fraco em traçados de rua e mistos, lutar diretamente por pódios e vitórias o ano inteiro e não somente a partir das pistas ovais. 

 Admiro, nesses dois anos de utilização do chassi DW12, o esforço do Ed em tentar aperfeiçoar sua técnica de guiar monopostos em circuitos mistos e de rua. Entretanto, é muito evidente a cada fim de semana com corridas da Indy que o baixo rendimento de Ed nesse tipo de pista traz terríveis prejuízos para o time em geral. Com essa dificuldade de guiar em circuitos que viram pros dois lados, a equipe de Ed sempre ficava no fundo do grid e jamais passava para as fases finais dos treinamentos classificatórios. Além do fato de que o patrocinador não tinha um destaque positivo dentro da maior parte do campeonato da Indy.

Sabemos muito bem que o clima alegre e festivo nos pits do time ECR só acontecia durante as corridas em ovais, que é justamente o momento onde Ed Carpenter mostra o seu verdadeiro talento como piloto de monopostos: saber como poucos qual é a melhor forma de virar para a esquerda. Não creio que tenha sido uma escolha fácil para Carpenter abandonar o posto de titular absoluto do seu próprio time e dar a vaga a outro piloto por causa de sua incapacidade técnica em ser competitivo em determinados lugares. Definitivamente, deve ter sido uma escolha no mínimo dolorosa psicologicamente.

 No entanto, a tacada de mestre de Carpenter foi escolher Mike Conway para assumir a vaga. Se eu fosse deficiente tecnicamente em pistas mistas e de rua, e estivesse na mesma situação de Ed, contrataria sem medo Mike também. Ele venceu esse ano usando o carro que era da Bia, pôs todos no chinelo nas duas corridas em Detroit, foi soberano por dois dias e não venceu duas vezes por alguns detalhes de corrida e estratégia. E tudo isso participando esporadicamente no campeonato. Mike tem talento e com tempo para desenvolver o carro #20, com tempo para testar, para treinar e para competir contra Ganassis e Penskes em mais da metade do torneio, acredito que será um grande candidato a vitórias e pódios.

Quando chegar Indianapolis, Pocono, Fontana, Iowa, Texas e Milwaukee Mike entregará para o chefe o carro em boas condições no campeonato, pode anotar. Surge um monstro de duas cabeças na Indy!


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