domingo, 30 de agosto de 2015

SHOWnoma acorda os sonâmbulos e Dixon é tetracampeão da Indycar


120 MINUTOS DE SONOMA - Não adiantou Montoya chegar com 34 pontos a frente do segundo colocado no Campeonato, Graham Rahal. Em Sonoma, não seria propriamente com Rahalzinho o duelo que o colombiano travaria pelo título de 2015. A "Víbora de Brisbane", que faturou os campeonatos de 2003, 2008 e 2013, chegou para a etapa final 47 pontos atrás do líder e fora dos holofotes. Nos Estados Unidos, a mídia focava a chance real de um americano filho de ex-piloto vencer a experiência fenomenal de Montoya, que liderou o Campeonato desde a etapa inaugural em St. Pete. 


Além deles, tivemos durante os treinos de classificação, Will Power - o Rei de Sonoma - dominando tudo e marcando o novo recorde da pista. O australiano liderou também o Warm Up e era com isso o grande favorito a vitória no sinuoso misto da Califórnia. Para ganhar a Astor Cup pela segunda vez, porém, Power sabia que a tarefa seria bem mais complicada. Helio e Newgarden também tinham chances título, mas eram remotas se fossem analisadas todas as combinações de resultados que ambos precisariam para que a Fortuna harmonizasse a favor deles.


Mas daí entraria em cena os efeitos poderosos do pacto diabólico que Mister Chip Ganassi fez com o Cão da Target: Dixon ativou o poder da economia de combustível, acionou a sorte para uma bandeira amarela que seria provocada por James Jakes e olhou obsessivamente pelo retrovisor para ver se Montoya conseguiria buscar o quinto lugar. Para o Kiwi, não importaria só vencer, era preciso que o colombiano terminasse abaixo do quinto lugar. E foram as dez últimas voltas mais angustiantes da temporada para eles e para o público!


Quem teve o privilégio de assistir todo esse drama ao vivo, que durou pouco mais de duas horas, saberá para todo o sempre que essa foi uma das grandes finais que a Indy proporcionou em toda sua história, uma das mais improváveis e imprevisíveis. A senhora Ironia também esteve dando o ar da sua graciosa participação dentro da tragédia Penskeana em Sonoma e o vice-campeonato de Montoya, após uma estúpida batida no companheiro de equipe Will Power, durante bandeira amarela, serviu para muitos lembrarem o fato de que pela segunda vez na carreira "El Monstro de Bogotá" terminou empatado com um concorrente direto ao título. Em 1999, quando venceu o Campeonato da CART, Montoya terminou empatado com Dario Franchitti, mas levou o caneco porque tinha mais vitórias. Esse ano, com 556 pontos idênticos aos de Dixon, Montoya ficou com o vice por ter uma vitória a menos. A Nova Zelândia sorriu, a Colombia chorou!


Para coroar ainda mais o grande esforço do time Ganassi pelo título de Dixon em Sonoma, essa vitória do neo-zelandês foi a de número 100 para o time do ex-piloto oitentista Chip. Com o quarto título, Dixon igualou Bourdais, Dario Franchitti e Mario Andretti na lista de maiores campeões. Marcou também sua 38º vitória na carreira, ficando a uma vitória de igualar Al Unser Sr. na quarta posição dos maiores vencedores de corridas da história da Indy (1905 - 2015). De fato, UMA LENDA VIVA!


E o final da temporada chegou, galera, entre dores emocionais e perdas irreparáveis, terminamos um dos melhores anos da Indy que acompanhei! Obrigado a todos que acompanharam a temporada 2015 e leram meus textos. Bom Setembro a todos e que 2016 seja mil vezes melhor e que a Indy não tenha que enterrar mais nenhum piloto!

Descanse em Paz, Justin

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