segunda-feira, 6 de abril de 2015

Indy Lights 2015: assista a rodada dupla de St. Pete


UM GRANDE PILOTO VINDO DE DUBAI? - A Indy Lights começou bem para a equipe Carlin, que cruzou o oceano Atlântico a fim de expandir seus negócios dentro dos monopostos. O sonho é declarado: disputar a categoria principal (a Indycar Series) e disputar de igual para igual contra Penskes, Ganassis e Andrettis. Entretanto, seguindo a metodologia dos espertos, antes desses embates na categoria principal, a Carlin resolveu começar um degrau abaixo. Inscreveu dois carros para a Indy Lights 2015 e escalou o "Menino de Dubai" Edward Jones e o experiente ex-piloto de F1, Max Chilton, para fazer o serviço. 

E foi Ed Jones quem logo se destacou durante essas duas etapas da Lights em St. Pete. Foram duas poles e duas vitórias com autoridade. De cara o "Menino de Dubai" deixou sua marca na categoria de acesso para a Indycar e mostrou potencial especial para guiar carrinhos de roda-aberta também na América. 

Para os amigos indyanistas que não acompanharam as duas corridas ao vivo, encontrei uma delas na íntegra (a Corrida 2, realizada no domingo antes da corrida da Indycar Series) e os melhores momentos da outra (que ocorreu no sábado). Então, repasso agora para quem quiser acompanhar a excepcional estréia desse menino de 20 anos e com nome de piloto da NASCAR.   

Jack Harvey é outro piloto que é bom você ficar de olho: pilota muito esse britânico! Além disso tem Spencer Pigot, americano campeão da Pro Mazda ano passado. Matt Brabham, meu piloto favorito no Road To Indy, não conseguiu boa sorte e teve um fim de semana discreto. Mas, mesmo assim, foi dele a volta mais rápida durante as duas corridas em St. Pete. 


CORRIDA 2 COMPLETA E
OS MELHORES MOMENTOS DA CORIDA 1


ENTREVISTA DO ROBIN MILLER COM ED JONES

Para conhecer a classificação do Campeonato da Indy Lights após a rodada dupla de St. Pete CLIQUE AQUI.

domingo, 5 de abril de 2015

Montoya reina St. Pete


UMA AULA DE AGRESSIVIDADE - Assim pode ser definida a vitória de Juan Pablo Montoya no domingo passado em St. Pete durante a abertura da temporada da Indycar Series, a décima terceira na carreira do piloto.

Pouca gente no Brasil teve o prazer de acompanhar ao vivo essa façanha do colombiano já que a tv Bandeirantes praticamente ignora a relevância da categoria na grade de sua programação e prefere inserir um compacto mequetrefe de cinco minutos em algum momento da madrugada do domingo. Resumindo: para o Brasil só as 500 Milhas de Indianapolis serão transmitidas ao vivo e o restante apenas no canal invisível Bandsports.

Voltando a corrida, foi a estréia dos famigerados kits aerodinâmicos na Indy e também foi o dia de descobrirmos o primeiro grande problema deles: a fragilidade. Sabemos que desde que o DW12 iniciou sua jornada na categoria as provas da Indy tornaram-se verdadeiras batalhas campais, chegando mesmo a pancadaria desenfreada em algumas pistas de rua como Baltimore e Houston. Muitos gostaram e muitos odiaram essa mudança de dinâmica nas corridas da Indy. Segundo os detratores, isso não seria a real dinâmica de uma legítima corrida de carros de roda-aberta. De acordo com os defensores do "novo estilo", o tanque da Dallara deu a categoria um charme espartano dentro das suas corridas em misto e pista de rua, que costumavam ser tediosas no antigo chassi.


Com a chegada dos aerokits nessa temporada, e depois dessa primeira corrida, ficou evidenciado a todos os pilotos (e pro público) que existem muitos riscos quando se escolhe um tipo de pilotagem agressiva e imprecisa e seu carro tem um aerokit da Honda ou da Chevy. Desde o toque equivocado de Simona em James Jakes, passando pelas cacetadas de Pagenaud e Rahalzinho no carro de Kimball, a corrida inaugural da nova Era da Indy teve uma sequência demorada de 5 bandeiras amarelas e muitos destroços por todos os lados da pista. Um deles inclusive atingiu um espectador na cabeça. O alerta para os diretores da Indy foi ligado depois desses incidentes e diversas investigações estão sendo feitas para analisar a situação. 


Durante as 110 voltas previstas para a corrida um nome dominou boa parte delas, esse foi o velho conhecido Poderoso Will, que sobrou desde a  qualificação (quando marcou um novo recorde para a pista de St. Pete) até a largada, não sendo ameaçado nenhuma vez por Helio Castroneves que se posicionou no segundo posto por boa parte da prova. Contudo, Helio nunca foi uma ameaça para Power, nem mesmo nas relargadas. Enquanto isso, Montoya vinha escalando de forma agressiva posição por posição e logo depois da metade da prova já se posicionava entre os primeiros colocados. 

Destaque absoluto para a ultrapassagem dupla que Montoya fez na entrada da curva 1, simplesmente para aplaudir de pé.


E quando temos dois pilotos agressivos, guiando para um time forte como o da Penske, disputando a vitória em qualquer pista da Indy, só uma coisa podemos esperar: faíscas e destroços. Power não é de ficar em segundo, Power não gosta do segundo lugar, apesar de Piquetzista confesso seu jeito de pensar uma corrida é extremamente baseado na filosofia de Ayrton Senna: vencer, bater recordes e bater os próprios recordes. Não é à toa que Will já possui 25 vitórias dentro dos monopostos americanos (CCWS e IRL/INDYCAR) e nada mais nada menos do que 36 poles. Definitivamente Power é um piloto diferenciado e seus números espetaculares falam por ele. 

Contudo, existe um tal de Montoya que não se importa muito com números expressivos, que não se intimida com títulos recentes, que não afrouxa ou desiste de uma vitória pensando no campeonato. Em uma tentativa amalucada de ultrapassar Montoya, Power acabou batendo na lateral do carro do colombiano e deixando parte do chifre do seu aerokit Chevy no meio da pista. Uma disputa digna de estar entre os grandes momentos dessa temporada que mal começou!


Ali no terceiro posto, fazendo uma corrida muito consistente, ficou Tony Kanaan com sua Ganassi azul. Devido ao domínio penskeano esse terceiro lugar deve ser louvado pelo time todo de Chip, que viu o tricampeão Dixon ficar pelo caminho devido a problemas com o macaco-hidráulico. 

Para você que não assistiu nada do fim de semana em St. Pete, salve-nos DeusTube!

CORRIDA COMPLETA

 


MELHORES MOMENTOS DA CORRIDA SÓ COM CÂMERAS ONBOARD




TREINO LIVRE COMPLETO




TREINO CLASSIFICATÓRIO COMPLETO




Daí eu te pergunto: pra quê esperar algo da Band? INDY ON LINE é o caminho para salvar a categoria do ostracismo!


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Os finais mais apertados da história das 500 Milhas de Indianapolis


EMOÇÃO É EM INDIANAPOLIS - Poucas corridas de automóveis no mundo conseguem ter finais tão emocionantes ao longo de sua história como acontece em Indianapolis. A seguir os quatro finais de corrida mais emocionantes do Templo da velocidade.



A Indy500 de 1992 foi a edição das 500 Milhas que me tornou um fanático por essa pista chamada Indianapolis. A imagem do fim da corrida fala por si: a diferença mais apertada da história! Michael Andretti dominou 160 voltas da corrida até seu carro quebrar e Unser Jr. herdou a liderança para não mais perdê-la. Goodyear tentou a vitória até os últimos metros, lembrando que ele largou em último lugar, mas por meio carro ele não conseguiu a glória. 


A Indy500 de 2014 foi vencida por Ryan Hunter-Reay (o Caçador), quebrando o jejum de vitórias de pilotos americanos em Indianapolis – Sam Hornish havia sido o último americano a vencer na Brickyard. A média de velocidade da corrida foi de 186,563 mph (300,244 kmh), a segunda 500 Milhas mais rápida da história. Marco Andretti, Carlos Muñoz e Juan Pablo Montoya completaram o TOP FIVE. Kurt Busch, na sexta posição, levou o Rookie do ano.


A Indy500 de 2006 foi realizada no domingo, 28 de maio. Sam Hornish Jr. venceu a corrida passando o rookie Marco Andretti na última volta, cerca de 450 metros da linha de chegada. Nessa edição, pela primeira vez na história da Indy, um piloto fez uma ultrapassagem depois da curva 4 para assumir a liderança e vencer a corrida!


A Indy500 de 1982 até hoje é considerada uma das melhores edições da corrida pelos historiadores, pela mídia e pelos fãs. Gordon Johncock, que venceu também a trágica 500 Milhas de 1973, foi capaz de chegar ao segundo título na Brickyard ao vencer uma das edições mais emocionantes em todo seu enredo dramático desde a largada até o final empolgante. Entretanto, a vitória foi agridoce para Johncock. Um dia depois da corrida, Frances, a mãe de John, morreu. Johncock soube de sua morte durante o banquete de comemoração pela vitória.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

NOS TEMPOS DA USAC: A primeira fila das 500 Milhas de 1970


ONZE TÍTULOS DAS 500 MILHAS - Em uma só foto!

E essas feras largariam lado a lado na primeira fila das 500 Milhas de 1970, que foi vencida por Al Unser Sênior.


Foyt venceu as 500 Milhas em 1961, 1964, 1967 e 1977
Al Unser Sr. venceu as 500 Milhas em 1970, 1971, 1978 e 1987
Johnny Rutherford venceu as 500 Milhas em 1974, 1976 e 1980

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Todos os carros de Mario Andretti nas 500 Milhas de Indianapolis 1965 - 1994

COISA LINDA! - Tava navegando pelo Google Imagens, pesquisando sobre Indianapolis, e encontrei essa beleza de imagem que dá uma pequena amostra de como evoluíram os carros de Indy. Trata-se de todos os carros usados pelo mito Mario Andretti desde sua estréia em Indianapolis até a última participação. 

A história de Mario Andretti na Indy500

Mario foi o único Andretti capaz de vencer em Indianapolis até hoje. Boa diversão!

NOS TEMPOS DA IRL: O grid das 500 Milhas de 2011


NONAGÉSIMA QUINTA EDIÇÃO - Da mais tradicional corrida de automóveis do mundo. As 500 Milhas desse ano foi vencida por Dan "Coração de Leão" Wheldon (sua segunda conquista em Indiana, a primeira havia sido em 2005) e, infelizmente, foi a última vitória de sua carreira. Alex "cara de cafetão" Tagliani conquistou a pole position.
O jovem rookie americano Hildebrand herdou de Bertrand Baguette a liderança da corrida quando o belga teve que reabastecer restando três voltas para o fim. Na última volta, quando saiu da curva 3, Hildebrand abriu demais para ultrapassar Charlie "Insulina Boy" Kimball e deslizou direto para a parte suja da pista sendo assim jogado no muro faltando poucos metros para a linha de chegada. 
Mesmo com o carro destruído, com duas rodas arrebentadas, Hildebrand permaneceu com o pé cravado no acelerador tentando, mesmo nessas condições adversas e absurdas, a vitória. No entanto, faltando menos de 500 metros para ele conseguir a façanha, que seria sem dúvida a mais marcante da história do automobilismo recente, Wheldon apareceu rasgando o ar com velocidade suficiente para ultrapassar o rookie americano e cruzar a linha de chegada em primeiro lugar! 
Hildebrand, por sua vez, escorregou por toda reta e ainda conseguiu o segundo posto. Quatro meses depois dessa glória, Coração de Leão morria em Las Vegas, durante um dos mais catastróficos acidentes da história da Indy. Por coincidência, Dan morreu dentro do carro que Tagliani havia feito a pole das 500 Milhas.
Essa foi também a despedida do velho chassi IR05 e do motor V8 Honda aspirado de Indianapolis.

Sobre o cancelamento de Brasília


EU, NO FUNDO, JÁ SABIA! - Triste, mas a realidade veio à tona. Se o resultado nas eleições tivesse sido outro os indyanistas brasileiros teriam uma corrida da Indycar no dia 8 de março e o resto do problema seria varrido para debaixo do tapete pelos herdeiros do ex-governador Agnelo Queiroz, que não conseguiu eleger seu herdeiro no DF. 

Depois? Dariam um dane-se para a população e dividiriam os lucros, repassando o prejuízo para que o povo pagasse através de impostos e outras sacanagens econômicas que eles inventam em reuniões regadas a café e diálogos cínicos sobre como é proveitoso mentir e criar ilusões. 

Sabemos abertamente como funcionam esses esquemas, não é nenhuma novidade, desde 1500 fazemos desse lugar do mundo algo desorganizado e problemático para nós mesmos. A lógica do político brasileiro e das grandes organizações de mídia que abraçam e apertam as mãos dos políticos brasileiros é simples: muitos perdem para que eles ganhem de todas as formas. Anhembi acabou por questão de política, Brasília também morre por questão política. A iniciativa privada é quem deveria trazer esse tipo de evento para o Brasil, e só em caso muito bem analisado é que o dinheiro público deveria ser usado para trazer esse tipo de entretenimento.   

Mesmo com o andamento das obras, mesmo com fotos, reportagens no Grande Prêmio, reportagens no Racer, reportagens no Jornal da Band, reportagens até no site da Globo, algo fedia toda vez que alguém acusava a obra de ser irregular. Fazer a corrida em Goiás seria a solução então, inclusive como muitos já haviam imaginado como sendo lá o provável plano B caso Brasília realmente falhasse. Contudo, o governador Marconi Perillo respondeu ao plano B com um "Não vou mexer com isso."

Curto e grosso, nós fãs da Indy estamos enfim sem corridas da categoria até que inventem outra corrida sem licitações e baseadas em acordos feitos nas reuniões regadas com café e cinismo. 

Ao autódromo Nelson Piquet deixo meu "DESCANSE EM PAZ"

A seguir cenas de cinismo, lorotagem, picaretagem e todo tipo de engodo politiqueiro. Um minuto de silêncio para o evento que não conseguiu salvar uma das últimas pistas brasileiras na UTI.