segunda-feira, 4 de maio de 2015

INDY500 - De quem não devemos esperar muita coisa?


AQUELES QUE NUNCA TERÃO AS 500 MILHAS? - Olhando o grid atual para as 500 Milhas, e usando a frieza do raciocínio através das estatísticas gerais de cada piloto, aqui estão os nomes daqueles que, provavelmente, nunca vencerão o maior espetáculo das corridas de monopostos!

1 - SEBASTIEN BOURDAIS
Ele tem muitos fãs, é tetra-campeão da extinta Champ Car (2004 a 2007), tem 15 vitórias em circuitos mistos, treze em circuitos de rua e venceu quatro vezes em pistas ovais. Essas quatro vitórias virando só para a esquerda foram em Milwaukee, Lausitz e Las Vegas. Sua primeira tentativa em Indiana aconteceu em 2005, quebrou faltando duas voltas pro fim. Largou em 15º, finalizou em 12º. Depois veio um distanciamento de três anos dele com as corridas da Indy que viram só para a esquerda. Em 2011, ele retornou para um projeto de correr apenas nos mistos; ovais não o interessavam naquele momento da carreira. Não especularei a razão dele preterir os ovais nesse retorno, Bourdais preferiu fazer uma readaptação a Indy só correndo mistos e rua e problema é dele, ou dos patrocinadores dele. 

Com a mudança de chassi e motores acontecendo em 2012, Tião resolveu então voltar a correr nos ovais da Indy. Só que em Indianapolis a coisa não foi tão tranquila pro piloto francês como ele gostaria que fosse. Nos três desafios que teve por lá, Bourdais largou em 25º nas 500 Milhas de 2012 e finalizou em 20º. No ano seguinte, Tião largou em décimo quinto e bateu sozinho nos pits durante a última parada para reabastecimento e troca de pneus, na volta 178. Foi patética a situação para alguém tão experiente e Bourdais expressou isso esmurrando o carro após estacioná-lo com a suspensão dianteira quebrada. Ano passado, Bourdais enfim conseguiu fazer seu primeiro TOP 10 após quatro tentativas no maior espetáculo das corridas: largou em 17º e finalizou em 7º. 

Para esse ano Bourdais terá como companheiros de time Coletti e Clauson, na KV. Um era piloto na GP2 com experiência zero em pistas ovais, o outro é piloto da USAC e fará sua segunda participação nas 500 Milhas. Bryan tem muita experiência em ovais de terra, mas quando a pista é asfaltada... Diferente da força que demonstra a CFH com Carpenter, Newgarden e JR Hildebrand, a KV vem com três carros também, porém, sem um líder bom de braço em ovais. Bourdais, que naturalmente seria o líder desse time devido ao currículo que tem, não costuma fazer boas corridas em pistas que viram pro mesmo lado desde a reunificação em 2008. Seu currículo na Indy pós-2012 tem como melhor resultado em ovais o 7º lugar em Indianapolis em 2014. E só. Em todos os demais, o resultado foi abaixo do TOP 10.


2 - WILL POWER

Ele é o último campeão da categoria, ele venceu as 500 Milhas de Fontana em 2013, ele venceu uma rodada no Texas em 2011, ele venceu em Milwaukee ano passado, ou seja, Power evoluiu e muito suas atuações em pistas ovais desde que estreou na categoria americana, inclusive marcando também sete poles em pistas com curvas só para a esquerda. Só que se tem um piloto que demonstra sentir o peso de Indianapolis, e não ter condições de duelar contra os medalhões das pistas ovais quando chega aquelas 10 voltas finais para a glorificação no Templo, esse alguém é Will Power. O australiano já largou em segundo, em terceiro, em quinto, em sexto, em nono, em vigésimo terceiro e o mais perto que chegou da vitória foi marcando o quinto lugar em 2009. O restante de seus resultados finais nas 500 Milhas de Indianapolis são abaixo do TOP 5: 13º em 2008, 8º em 2010, 14º em 2011, 28º em 2012, 19º em 2013 e 8º em 2014. Ele não é bobo, não é fraco, mas até hoje nunca conseguiu ser competitivo em Indianapolis como já foi em Fontana, Texas e Miwaukee. Em Indianapolis, Poderoso Will invariavelmente é da mesma espécie daquilo que chamamos "Cavalo Paraguaio": larga bem e no fim termina mal. 

3 - CHARLIE KIMBALL
  
Insulina Boy vai para mais um ano guiando o carro #83 da Ganassi com um retrospecto modesto diante de seus companheiros de equipe em Indianapolis. Para desânimo do meu amigo Gray Fox, fã do Charlie, Kimball é o meu terceiro colocado na lista de "não-favoritos" para a nonagésima nona edição do maior espetáculo das corridas. Exceto pelo inesperado segundo lugar em Pocono, em 2013, nosso amigo diabético não obteve grandes resultados nas pistas que viram só para o lado esquerdo. O piloto anglo-americano conseguiu seus melhores resultados nos circuitos mistos e de rua, sendo que em Mid-Ohio Charlie marcou sua primeira vitória na categoria. Analisando o desempenho dele durante as provas em ovais nunca observei um potencial talento para fazer frente aos pilotos do próprio time ou fazer frente aos tradicionais medalhões da categoria. Dessa maneira, não conseguindo fazer frente nem aos concorrentes do próprio time nem contra os pilotos dos times concorrentes da elite do grid, Kimball é um piloto intermediário guiando dentro de um time TOP nas pistas ovais. Quando correu na Indy Lights por dois anos seguidos (2009 e 2010) Kimball teve como melhor resultado em ovais um segundo lugar na Freedom 100, em Indianapolis. Resumindo: carta fora do baralho.

4 - PIPPA MANN

Desculpe-me a fãzinha da Pippa toda feliz em ver sua ídola tão de pertinho, me desculpe mesmo criança, mas as chances da esforçada Pippa de ganhar as 500 Milhas é perto de 0,1%. Além de estar guiando para uma das mais pobres equipes do grid, Mann está totalmente em desvantagem diante dos demais pilotos que já estão há anos correndo temporada completa ou pistas aleatórias. Para ela, e o carro rosa, a dificuldade é minimizar essa desvantagem em relação aos demais pilotos usando uma estratégia ousada de pit stop durante as 500 milhas e torcer para o maior número possível de confusões. É o único jeito dela vencer com um carro rosa da Dale Coyne esse ano, além de muitas orações dessa fã da foto.

5 - ORIOL SERVIÀ
Oriol está há muito tempo nessa brincadeira com carros velozes. É, ao lado de Helio, Tony, Dixon, Montoya, Lazier, um dos mais experientes do grid das 500 Milhas, com 195 largadas na Indy, 1 vitória (misto), 8 segundo lugar, 10 terceiro lugar, 14 quarto lugar e 18 quinto lugar. Quando o assunto são só provas em ovais, Oriol largou em 57 corridas nesse tipo de traçado, marcou 3 segundo lugar, 2 terceiro, 4 quarto, 6 quinto lugar. Nenhuma vitória. Então você acha que esse ano, participando apenas da etapa de Indianapolis, baixará o Rick Mears no Oriol e ele desbancará Ed, Helio, TK, Montoya, Dixon, Pagenaud, Caçador e mais uns três candidatos ao Victory Lane? Não, né?! O espanhol no máximo pegará um TOP 5. 

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