domingo, 24 de maio de 2015

Monstroya crava seu segundo rosto no troféu de Indianapolis



DEIXARAM PABLITO VOLTAR, AGORA AGUENTA! - A Colômbia está em festa. Seu mais famoso piloto de carros de corrida novamente bebe o leite mais glorioso do mundo desde 1936. E foi uma vitória emocionante, estonteante, diferente daquela primeira vitória quando liderou quase que 100% das 500 Milhas.

Nessa corrida de 2015 o estilo de Montoya esteve presente do começo ao fim. O estilo de não desistir, de ser veloz, ousado, agressivo e destemido. Depois de ser tocado por Simona e ter parte da proteção traseira danificada, Juan teve que repensar toda estratégia de corrida, foi pro fim do pelotão e teve que avançar posição por posição, correndo diversos riscos ao dividir curvas com Sato e outros pilotos complicados de ultrapassar no pelotão intermediário. 


A corrida em si foi muito movimentada, mais de 400 ultrapassagens ao longo de 200 voltas, diversas mudanças de líderes e Penskes e Ganassis mandando e detonando os Andrettis e o povo da Honda. Realmente, o destino da Honda está traçado no campeonato da Indy: seja em oval ou misto/rua, a derrota é muito mais do que certa, é regra.

Tony Kanaan e Scott Dixon lideraram boa parte da corrida na primeira metade, alternando com Pagenaud a ponta do pelotão. Mas o brasileiro não teve tanta sorte e acabou ficando pelo caminho ao bater sozinho seu Ganassi #10. TK saiu ileso. Outra coisa é que o DW12 se mostrou muito seguro e até em um acidente em "T", envolvendo Saavedra e Coletti, a resistência da célula de sobrevivência foi testada e aprovada com louvor. Aos profetas do apocalipse indyanista, restou várias previsões de morte frustradas e uma grande corrida para se comentar por um ano inteiro. 


No fim da prova um duelo mitológico entre Poderoso Will e Montoya coroou uma das edições mais emocionantes dos últimos anos. Diferente do ano passado quando a prova ficou polarizada entre Helio e Hunter-Reay (e Marco apenas observando no terceiro posto), esse ano Dixon, Montoya e Power alternaram a mais de 360km/h a liderança nas 15 voltas finais. 


Então a pista escolheu e consagrou o mais feroz dos pilotos que disputavam a vitória, Monstroya, e os espectadores fãs da Indy e do automobilismo em geral mais uma vez receberam de brinde uma grande e memorável edição do maior espetáculo das corridas. 

Da minha parte, só a palavra "Espetacular" consegue ser pensada agora, poucos minutos após o fim; assisti arrepiado e de pé as últimas 10 voltas, coração acelerado e muita torcida por um grande final. E o bi de Monstroya foi esse grande final! 



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